Zanelli Andriani Advogados
Zanelli Andriani • 4 de abril de 2024

O que é preciso para entrar com uma ação de despejo?

O que é preciso para entrar com uma ação de despejo

Para entrar com uma ação de despejo, é necessário verificar a violação contratual pelo inquilino, emitir uma notificação formal para desocupação e, se não atendida, ajuizar a ação judicial através de um advogado, apresentando as provas da infração e o contrato de locação. 

Para iniciar uma ação de despejo, o primeiro passo é verificar o cumprimento das condições contratuais estabelecidas entre locador e locatário. Isso inclui a análise do contrato de locação para confirmar a existência de uma cláusula de rescisão ou violação que justifique o despejo. Documentação adequada e evidência da violação contratual são essenciais.


Em seguida, deve-se enviar uma notificação formal ao inquilino, concedendo-lhe um prazo legal para desocupar o imóvel ou regularizar a situação que está causando o pedido de despejo. Essa comunicação deve ser feita através de um meio verificável, como correspondência com aviso de recebimento, para garantir prova do aviso.


Caso o inquilino não cumpra a solicitação de desocupação voluntária dentro do prazo estabelecido, o próximo passo é o ajuizamento da ação de despejo. Isso requer a elaboração de uma petição inicial por um advogado, detalhando os fatos, as provas da infração contratual e o pedido jurídico para a retomada do imóvel.


Após o protocolo da ação na justiça, seguem-se os trâmites legais, que incluem a citação do inquilino para que apresente defesa e a posterior análise do caso pelo juiz. Se o juiz entender que o pedido de despejo é procedente, emitirá uma sentença determinando a desocupação do imóvel, com prazos e condições específicas para sua execução.

Quem paga os custos de uma ação de despejo?

Os custos de uma ação de despejo são inicialmente pagos pelo locador, que é quem propõe a ação judicial. Esses custos incluem taxas judiciais, despesas com a contratação de um advogado e outros gastos processuais. O locador precisa arcar com esses valores para dar início ao processo e manter o andamento da ação na justiça.


No entanto, a legislação permite que o locador busque o ressarcimento desses custos no próprio processo de despejo. Isso significa que, se o juiz decidir a favor do locador, o inquilino pode ser condenado a reembolsar as despesas processuais e honorários advocatícios, além de arcar com as custas judiciais.


Caso o inquilino saia do imóvel voluntariamente antes da conclusão do processo ou se chegar a um acordo com o locador, os custos até então acumulados podem ser negociados entre as partes. Essa negociação pode resultar em uma divisão das despesas ou em uma responsabilidade única por parte de uma das partes, dependendo do que for acordado.


Em situações em que o inquilino vence a ação de despejo, o locador será responsável por todos os custos processuais. Portanto, a definição de quem paga os custos de uma ação de despejo pode variar conforme o desfecho do processo, sendo importante a análise jurídica detalhada do caso para prever tais despesas.

Quanto tempo demora uma ação de despejo?

A duração de uma ação de despejo varia conforme diversos fatores, incluindo a complexidade do caso, a velocidade do judiciário local e a existência de eventuais recursos legais. Em termos gerais, um processo de despejo pode levar de alguns meses a até mais de um ano. A fase inicial, que envolve a notificação do inquilino e a espera pela sua resposta, pode durar de 15 a 30 dias, dependendo da legislação local.


Após a entrada formal da ação de despejo na justiça, o processo segue para análise, o que inclui a citação do inquilino, a apresentação de defesa, audiências e a produção de provas. Essa fase processual pode se estender por vários meses, dependendo da complexidade do caso e da agilidade dos procedimentos judiciários na localidade onde a ação foi proposta.


Caso o inquilino apresente defesa, o processo tende a ser mais longo, pois será necessário aguardar a análise e julgamento das alegações por parte do juiz, além da possibilidade de haver recursos a instâncias superiores, que podem prolongar significativamente a duração do processo. Em situações sem contestação, ou quando há acordo entre as partes, o processo pode ser resolvido de forma mais rápida.


Após a decisão judicial favorável ao despejo, ainda pode ser necessário um tempo para a execução da ordem de despejo, que envolve a desocupação efetiva do imóvel pelo inquilino. Esse período pode variar dependendo da disponibilidade de oficiais de justiça para realizar a desocupação e da cooperação do inquilino em cumprir a decisão judicial.

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