Zanelli Andriani Advogados
Zanelli Andriani • 2 de janeiro de 2025

Como recorrer de uma multa aplicada pela ANVISA?

Como recorrer de uma multa aplicada pela ANVISA

Para recorrer de uma multa aplicada pela ANVISA envolve a análise da infração, o envio de uma defesa formal e a possibilidade de recorrer administrativamente. Dependendo da gravidade, pode ser necessário buscar assistência jurídica especializada.

Recorrer de uma multa aplicada pela ANVISA é possível por meio da interposição de uma defesa administrativa, a qual deve ser apresentada dentro do prazo estabelecido pela notificação. A defesa precisa ser bem fundamentada, incluindo documentos que comprovem que a infração não ocorreu ou que houve erro no processo de autuação. Dependendo da complexidade do caso, a defesa pode ser acompanhada por um advogado especializado.


O primeiro passo é analisar a notificação da ANVISA para verificar todos os detalhes sobre a infração, como o tipo de violação e o valor da multa. Após isso, a empresa ou indivíduo autuado pode apresentar uma contestação detalhada. Caso a defesa não seja aceita, ainda é possível recorrer à instância superior, o Conselho de Recursos da ANVISA (CORA).


No recurso, é fundamental destacar erros materiais, possíveis abusos da autoridade fiscalizadora ou até falhas processuais que possam ter ocorrido no momento da aplicação da multa. Se a argumentação for convincente e houver provas que corroboram a tese de defesa, a multa pode ser reduzida ou até anulada.


Além disso, o acompanhamento contínuo do processo é essencial. Após a análise da defesa ou do recurso, a ANVISA informará a decisão final. Caso a penalidade seja mantida, a empresa ou indivíduo deve cumprir a decisão ou seguir com novos recursos, se houver fundamentos legais para isso.

Como funciona o processo de multa aplicada pela ANVISA?

O processo de aplicação de multa pela ANVISA começa com a fiscalização de um ato ou prática que viole as normas sanitárias e regulatórias. Quando uma infração é identificada, a ANVISA emite uma notificação de infração, detalhando as infrações cometidas e a multa correspondente. A autuação pode ocorrer em diferentes contextos, como em empresas de alimentos, medicamentos, cosméticos ou outros produtos sujeitos à vigilância sanitária.


Após a notificação, o autuado recebe um prazo para apresentar sua defesa, normalmente entre 15 e 30 dias. Durante esse período, a defesa pode ser elaborada com base em argumentos legais, técnicos e documentos que possam contestar as acusações ou atenuar a penalidade. A defesa pode incluir a alegação de erro material, irregularidade processual ou que a infração não ocorreu conforme descrito pela ANVISA.


Se a defesa for aceita, a multa pode ser reduzida ou anulada, dependendo dos argumentos e da análise da ANVISA. Caso contrário, a penalidade será mantida, e o autuado pode optar por pagar a multa ou recorrer a instâncias superiores. Se a multa não for paga dentro do prazo, pode haver a imposição de juros, correção monetária e até execução fiscal.


Em última instância, se o recurso for negado e a multa for mantida, o autuado pode buscar formas de regularizar a pendência, como por meio de parcelamento, que pode ser solicitado à ANVISA. O processo de multa pode envolver uma série de etapas, incluindo a revisão por instâncias superiores, como o Conselho de Recursos da ANVISA (CORA).

O que pode ser argumentado na defesa contra a multa?

Na defesa contra uma multa aplicada pela ANVISA, os principais argumentos geralmente envolvem a inexistência da infração ou erros no processo administrativo. Um dos argumentos mais comuns é a contestação da infração em si, onde se alega que a prática apontada não foi realizada ou que o autuado cumpriu as normas sanitárias pertinentes.


Outro argumento possível é a irregularidade processual, caso a notificação tenha sido feita de maneira inadequada ou fora do prazo legal. A defesa pode argumentar, por exemplo, que o autuado não foi corretamente notificado ou que a infração foi registrada com base em informações equivocadas. Tais argumentos podem ser suficientes para anular ou reduzir a multa.


Ademais, pode ser alegada a excludente de ilicitude, como, por exemplo, a boas práticas adotadas pela empresa que, mesmo com uma falha pontual, não comprometem a segurança sanitária. Também é possível alegar falta de dolo ou culpa, ou seja, que a infração foi acidental e não houve intenção de descumprir as normas.


A defesa pode incluir o cumprimento posterior das normas ou a adequação imediata das práticas da empresa para garantir que o erro não se repita. Nesse caso, é importante comprovar, por meio de documentos, relatórios ou auditorias, que a empresa tomou as devidas providências para corrigir a falha.

Quais são os prazos para recorrer de uma multa da ANVISA?

O prazo para recorrer de uma multa aplicada pela ANVISA é geralmente de 15 a 30 dias, conforme o tipo de infração e a gravidade da penalidade. Este prazo começa a contar a partir da data de recebimento da notificação de infração. Durante esse período, o autuado deve apresentar sua defesa formal, que deve ser bem fundamentada e acompanhada de documentos que sustentem a argumentação.


É fundamental observar o prazo estabelecido, pois a perda do prazo para recorrer pode resultar na perda do direito de contestar a multa ou até mesmo na execução imediata da penalidade. O não cumprimento dos prazos pode gerar uma série de consequências legais, inclusive a inclusão de juros e correção monetária sobre o valor da multa.


Em caso de recurso, se a defesa não for aceita, o autuado ainda pode apresentar recurso ao Conselho de Recursos da ANVISA (CORA), mas também dentro de um prazo determinado. O prazo para recurso ao CORA pode ser mais curto, e sua decisão final sobre a penalidade será comunicada ao autuado, que deverá cumprir ou recorrer novamente, se houver razões legais.


Portanto, é essencial que a defesa seja elaborada e protocolada dentro do prazo para evitar que a empresa ou indivíduo autuado perca a chance de reduzir ou até mesmo anular a multa imposta pela ANVISA.

O que acontece se o recurso contra a multa for negado?

Se o recurso contra a multa aplicada pela ANVISA for negado, a penalidade será mantida, e o autuado terá que cumprir a multa conforme o valor e as condições estabelecidas pela notificação. Caso a decisão final não seja favorável, o autuado pode ser obrigado a efetuar o pagamento da multa, que pode incluir juros, correção monetária e, em alguns casos, a cobrança de valores adicionais, caso o pagamento não seja realizado dentro do prazo.


Após o recurso ser negado, o autuado pode buscar outras alternativas, como o parcelamento da multa, se for o caso, para facilitar o pagamento. O parcelamento deve ser solicitado formalmente à ANVISA e está sujeito à análise de condições específicas, como o valor da multa e a situação financeira do autuado.


Além disso, em alguns casos, ainda pode haver a possibilidade de recorrer judicialmente. No entanto, esse tipo de ação é mais complexo e deve ser cuidadosamente avaliado com a ajuda de um advogado especializado, uma vez que o processo administrativo é considerado o meio adequado para contestar multas.


Portanto, a negativa do recurso administrativo implica em obrigações financeiras para o autuado, que deve regularizar a situação conforme as condições estabelecidas pela ANVISA, seja pagando diretamente ou solicitando o parcelamento.

A ANVISA pode aplicar uma multa sem notificação prévia?

Não, a ANVISA não pode aplicar uma multa sem notificação prévia. O processo de aplicação de multa sempre começa com uma notificação de infração, que deve ser formalmente entregue ao autuado. Nessa notificação, a ANVISA detalha a infração cometida, o valor da multa e o prazo para que o autuado apresente sua defesa.


A notificação é uma exigência legal e deve garantir que o autuado tenha pleno conhecimento da infração que lhe é imputada, assim como a oportunidade de se defender. Caso a ANVISA aplique uma multa sem essa notificação adequada, o autuado pode questionar a validade da penalidade, solicitando sua anulação ou revisão com base na irregularidade do procedimento.


Portanto, a falta de notificação pode ser um argumento válido na defesa contra a multa, pois a legislação prevê que a administração pública deve garantir o direito ao contraditório e à ampla defesa, fundamentais para a legalidade do processo. Se a notificação não for feita corretamente, pode-se argumentar que o autuado não teve a chance de exercer esse direito.


Em caso de irregularidade na notificação, a multa pode ser anulada, e o autuado poderá solicitar um novo procedimento de fiscalização, conforme as normas legais.

A multa aplicada pela ANVISA pode ser parcelada?

Sim, a multa aplicada pela ANVISA pode ser parcelada, mas isso depende das condições estabelecidas pela própria agência e do valor da penalidade. O parcelamento é uma opção para empresas ou indivíduos que não têm condições de pagar a multa integralmente de uma só vez. Para solicitar o parcelamento, é necessário formalizar um pedido junto à ANVISA, demonstrando a necessidade de dividir o pagamento.


Normalmente, o parcelamento é concedido em até 12 vezes, mas as condições podem variar conforme o caso. A ANVISA analisa o pedido de parcelamento de acordo com a situação financeira do autuado e o valor da multa. Caso o parcelamento seja aprovado, o autuado receberá um cronograma de pagamento, que incluirá a incidência de juros e correção monetária sobre o valor total da multa.


É importante que o parcelamento seja solicitado dentro do prazo estipulado para o pagamento da multa. Caso contrário, a ANVISA pode aplicar penalidades adicionais, como juros de mora ou a inscrição do débito em dívida ativa, o que pode complicar a regularização da situação financeira do autuado.


Portanto, o parcelamento é uma alternativa viável para muitas empresas, mas deve ser solicitado de forma adequada e dentro do prazo estabelecido pela ANVISA para evitar complicações adicionais.

Como recorrer de uma multa aplicada pela ANVISA por erro material?

Para recorrer de uma multa aplicada pela ANVISA por erro material, o primeiro passo é identificar o erro. Erros materiais podem envolver informações incorretas sobre a infração ou falhas na aplicação das normas. Esse tipo de erro pode ser relacionado a datas, valores, ou até mesmo à descrição incorreta da infração.


O autuado deve então elaborar uma defesa formal detalhando o erro material identificado. Na defesa, é importante apresentar provas documentais que comprovem que a infração não ocorreu ou foi registrada de forma errada. Essas provas podem incluir registros internos, laudos técnicos ou quaisquer outros documentos que esclareçam a situação.


Caso a defesa seja indeferida pela ANVISA, é possível recorrer ao Conselho de Recursos da ANVISA (CORA). O recurso ao CORA deve ser bem fundamentado, destacando os mesmos argumentos apresentados na defesa inicial, mas agora com base na decisão negativa.


Em qualquer caso, o acompanhamento do processo é fundamental, pois, ao identificar um erro material, a multa pode ser anulada ou reduzida, caso seja comprovado que a infração não ocorreu ou que houve uma falha na autuação.

Passo a passo para recorrer uma multa aplicada pela ANIVSA

  1. Verificação de erro: O primeiro passo é verificar se houve um erro de interpretação dos fatos ou uma aplicação equivocada das normas;
  2. Levantamento de documentos: A coleta de documentos que comprovem a inexistência de infração ou o cumprimento das normas é essencial;
  3. Elaboração da defesa: Apresente uma defesa fundamentada, indicando de maneira clara o erro cometido pela ANVISA e sugerindo a revisão ou anulação da multa;
  4. Acompanhamento do processo: Após a apresentação da defesa, acompanhe atentamente a tramitação do processo até a decisão final, verificando se há necessidade de outros recursos.

Como solicitar o parcelamento de uma multa da ANVISA?

Para solicitar o parcelamento de uma multa da ANVISA, o primeiro passo é verificar as condições estabelecidas pela ANVISA para esse tipo de solicitação. O parcelamento normalmente é oferecido para multas de valor considerável e pode ser solicitado diretamente à agência por meio de um requerimento formal.


No requerimento, o autuado deve apresentar informações sobre a multa aplicada, assim como os motivos pelos quais está solicitando o parcelamento. A ANVISA analisará a solicitação, levando em consideração o valor da multa e a situação financeira do autuado.


Se o parcelamento for aprovado, o autuado receberá um cronograma de pagamento, que incluirá o valor das parcelas, os prazos de vencimento e a incidência de juros e correção monetária sobre o valor da multa. Caso o parcelamento não seja aprovado, o autuado deverá pagar a multa integralmente dentro do prazo estabelecido.


É importante fazer a solicitação dentro do prazo, pois o não pagamento da multa no período estipulado pode acarretar a cobrança de penalidades adicionais, como juros e inscrição em dívida ativa.

Solicitação do parcelamento de uma multa da ANVISA

  1. Verifique as condições: Consulte a ANVISA para saber se o parcelamento é aplicável ao tipo de multa que foi imposta e quais os requisitos necessários;
  2. Formalize o pedido: O pedido de parcelamento deve ser formalizado por meio de um requerimento escrito, com a justificativa para o parcelamento e os dados necessários;
  3. Acompanhamento do parcelamento: Após a solicitação, a ANVISA informará as condições de pagamento, prazos e valores de cada parcela;
  4. Efetue o pagamento: Caso o parcelamento seja aprovado, efetue os pagamentos conforme o cronograma estabelecido.

Conclusão sobre como recorrer uma multa aplicada pela ANVISA

Recorrer de uma multa aplicada pela ANVISA é um processo que exige atenção aos detalhes e cumprimento de prazos. A defesa pode ser feita por meio da apresentação de documentos, argumentos sólidos e, se necessário, por meio de instâncias superiores, como o CORA.


Contar com a assessoria jurídica especializada pode aumentar as chances de sucesso, uma vez que as infrações muitas vezes envolvem questões técnicas complexas. Além disso, a possibilidade de parcelamento oferece uma alternativa para regularizar a situação financeira, evitando maiores problemas para a empresa ou indivíduo autuado.

Compartilhe o conteúdo

Fale com o advogado agora mesmo

Falar com o Advogado
Escritório de Advocacia em São Bernardo do Campo
Como é feito o cálculo da desapropriação?
Por Zanelli 3 de abril de 2025
Para fazer o cálculo da desapropriação, avaliam-se localização, benfeitorias e mercado, resultando em indenização justa com base em critérios legais e técnicos.
Quais são as etapas de um processo de desapropriação
Por Zanelli 3 de abril de 2025
O processo de desapropriação funciona em etapas claras: decreto de utilidade pública, avaliação do imóvel, tentativa de acordo, ação judicial e pagamento de indenização.